quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sinais de um relacionamento saudável...


CHAMADO
Enfim, vamos aos “sinais de um relacionamento saudável”. Creio que durante o período de oração vocês analisaram se seus chamados ministeriais eram no mínimo parecidos. É importante que agora o casal reveja se a expectativa do chamado um do outro se manteve. O ideal é que seja o mesmo, pastor e pastora, missionário e missionária entre tantos outros.

Casais com chamados diferentes podem enfrentar dificuldades futuras na aceitação da rotina do chamado do outro.

FAMÍLIA
Só saímos da oração para o relacionamento de fato com o aval dos pais. Sem a benção deles fica difícil ver Deus num relacionamento! Porém após um tempo juntos, vejam como o restante da família reage. Refiro-me a avós, irmãos, tios e primos, se eles têm uma boa expectativa do relacionamento de vocês. Agora é a hora em que as duas famílias se unirão apoiando o “novo casal”.

CONCORDÂNCIA EM VISÃO E CONCEITOS
A famosa frase “os opostos se atraem” é mais física do que amor! É complicado casar-se com alguém que não pensa como você. Sei que quando for casar, seu cônjuge vem pra somar e te ajudar onde você é falho. Porém quando os dois nasceram de novo, eles já adquiriram a nova vida, então agora o importante não é encontrar alguém pra te corrigir e sim pra te apoiar!

Vejam se vocês compartilham a mesma visão em boa parte dos assuntos discutidos. Eu sei também que nem tudo vai bater com o que o outro pensa, pois ninguém é igual ao outro, somos únicos. Contudo analisem suas opiniões, conceitos, visões e procurem entrar num acordo.

DIÁLOGO
Outro sinal importante é o diálogo que vocês têm hoje. Durante a oração muitos se fecham não mostrando de fato quem são, porém no relacionamento é impossível se esconder. Agora você deve avaliar como é o diálogo de vocês. Repare como resolvem um problema que surge entre os dois como, por exemplo, o zelo que se torna ciúme em uma situação, como se resolveu? A conversa foi em paz? O que decidiram?

Todo diálogo deve ser avaliado pra ver como é a conversa diante de um problema. Se sempre acabam bem, isso é um bom sinal! Não se esqueça que você deve ceder para o bem comum!

FUTURO
Esse ponto só deve ser avaliado após meses do início do relacionamento, não projetem nada precipitadamente. Como casal, vocês conseguem visualizar seu futuro? Conseguem ver o ministério de vocês juntos? Atuando na Obra lado a lado? E quanto à família? Sonham com os filhos correndo pela casa? Conseguem enxergar um futuro feliz?

Chega um período do relacionamento que o casal deve começar a projetar o futuro juntos! É bom que se sintam felizes visualizando o amanhã!

TUDO É ESPIRITUAL
Você deve ter em mente que tudo é espiritual. Antes do natural, analise no plano espiritual. Diante de um problema, não conclua como sendo um defeito do outro, antes olhe pelo espiritual. Você vai ver que é tudo uma cilada do inimigo querendo destruir o relacionamento. Sabemos que ele não fica contente com a união de dois filhos de Deus que podem tirar muitas vidas de suas mãos.

Então se o seu companheiro (a) está com um comportamento diferente do normal, (talvez até te feriu!) não vá botar a casa pra quebrar! Veja além! Você vai perceber o diabão por de trás da situação e então é só guerrear em oração!

AMAR A SI MESMO
Tudo o que escrevi nesse artigo não tem valia nenhuma se você não se amar. Alguém que não é entendido nesse assunto não pode fazer alguém feliz. Ao levantar pela manhã, eu corro para o banheiro pra me olhar no espelho porque eu me amo! Se você não consegue amar a si mesmo é impossível fazer o outro feliz por muito tempo!

BRASAS DO CORAÇÃO
Já parou pra avaliar sua vida espiritual desde que começou o relacionamento? Você precisa ver se as brasas do seu coração para com Deus estão mais quentes. Se hoje você está comprometido num propósito, precisa ter rompido mais em Deus! Casais que ao firmarem um relacionamento decresceram espiritualmente, não estão dentro da vontade de Deus! Não preciso seguir mais nesse tópico, pois todos sabem que um precisa ajudar ao outro crescer mais ao invés de prejudicar. Nessa escola todos nós já passamos!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011


Espere. Tenha paciência. Não queira precipitar as coisas.
Tudo vai acontecer no momento certo, não faça nada da sua maneira.

Deixa o
Senhor preparar os planos que Ele quer na sua vida, eles são melhores e
maiores que os nossos. Siga o caminho que Ele preparou pra você, não pegue atalhos.

Ter paciência
é o primeiro passo, para ver a mudança sobrenatural que Deus fará
na sua vida.
Viva os planos de Deus não os seus!

O que as outras garotas querem…

O que eu quero ...

O que as outras garotas querem:

O que eu quero ...

O que as outras garotas querem:

O que eu quero ...

O que as outras garotas querem:


O que eu quero ...


Entendeu a DIFERENÇA ??

O Caminho do Senhoor é Perfeito Né ?!

Salmos 18:30

Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito; a promessa do Senhor é provada; ele é um escudo para todos os que nele confiam.


Esperar é muito mais difícil do que andar.
Esperar requer paciência, e a paciência é uma virtude rara.
E às vezes é difícil para gente entender por que não podemos viver numa esfera maior.

É difícil “brilhar no cantinho”. Mas Deus tem um propósito em todos os impedimentos.
“O Senhor firma os passos do homem bom”, diz o Salmo 37.23.Quando aprendermos a esperar sempre a orientação do Senhor em todas as coisas, seremos fortes, teremos a força que nos levará a ter um andar sempre equilibrado e constante. Muitos de nós estamos sem o poder que tanto desejamos.
Mas Deus nos concede pleno poder para cada tarefa que Ele nos dá. Esperar, manter-se fiel à sua orientação, eis o segredo para obtê-lo.Uma pessoa que é obrigada a estar quieta, em inatividade forçada, e vê passar diante de si as ondas palpitantes da vida, será que a existência precisa lhe ser um fracasso? Não.
A vitória é para ser conseguida em ficar parado: uma espera tranqüila. E isto é muitas vezes mais difícil do que correr nos dias em que podemos estar ativos. Requer maior heroísmo ficar ali e esperar, sem perder o ânimo nem a esperança; submeter-se à vontade de Deus; deixar com os outros o trabalho e as honras dele; ficar calmo e confiante, regozijando-se sempre, enquanto a multidão feliz e atarefada avança e vai embora. È A VIDA MAIS ELEVADA: “TENDO FEITO TUDO, FICAR FIRME.”Diante de um turbilhão de coisas, precisamos entender o verdadeiro propósito de Deus conosco, saber que Ele está no controle e não importa o que as pessoas digam. O que Ele prometeu, Ele cumpre!

E SE PUDÉSSEMOS MUDAR O MUNDO?


Movimentos estudantis do mundo todo, ligados à IFES (sigla em inglês para Comunidade Internacional de Estudantes Evangélicos), anualmente têm sido convocados para separar um dia com o propósito de se unir em oração pela obra estudantil e pelo avanço de Reino de Deus nas escolas e universidades mundo afora.
“Desde o início do dia em Tonga, até o fim do dia em Samoa”” – frase que se vê no interessante vídeo que a IFES preparou para o Dia Mundial do Estudante. A proposta deste evento anual, é que, por 48 horas, estudantes, profissionais e apoiadores da obra estudantil dediquem um tempo especial para aquilo que é uma dimensão fundamental da vida cristã: a oração, como expressão de uma relação com o Deus criador do universo.
Ao final deste curto vídeo, é lançada uma pergunta-provocação, que proponho que seja alvo de nossa reflexão antes, durante e depois dos momentos em que estivemos, assim dizendo,de joelhos.
Pergunta-se: “E se você pudesse mudar o mundo?”
 
Por mais ingênua e simples que possa parecer essa pergunta para alguns de nós, acho que ela precisa ser levada a sério, e nos levar a ações e posturas que tenham o compromisso com mudanças profundas nas realidades injustas e marcadas pelo pecado que vemos e vivenciamos todos os dias, e sobre as quais, às vezes, quase parece redundante falar.
Nos últimos meses temos vivenciado, em escala global, grandes mobilizações de pessoas e grupos que estão clamando por justiça, igualdade de oportunidades, e assim denunciando os efeitos perversos para a vida de milhões de pessoas que a forma como estamos organizados social, política e economicamente tem trazido. Da primavera árabe ao movimento dos indignados na Espanha, dos ocupantes de Wall Street aos remanescentes indígenas de Belo Monte, temos observado o que parece ser um momento importante para se colocar “uma interrogação” sobre quais tem sido os caminhos que enquanto humanidade temos escolhido. O profeta Amós, amplamente estudado nos Cursos de Férias de julho, parece ter vivido em período semelhante de decadência, de injustiça e de descuido com o outro, de forma que seu chamado ao arrependimento das práticas injustas de Israel parece muito relevante hoje.
No contexto das universidades no Brasil (para não dizer de outras realidades, como a que se percebe no Chile) também está marcado por grande agitação, onde os processos de precarização do ensino, de acentuação de desigualdades no acesso e de dificuldades de permanência no ensino superior estão levando muitos estudantes, funcionários e docentes a se mobilizarem – em muitas realidades em torno de greves – e assim colocarem no debate público os desafios e rumos da educação no país.
Nesse contexto de efervescência, qual tem sido nossa postura enquanto cristãos, evangélicos, abeuenses, universitários? Temos participado destes e/ou de outros debates, sendo profetas de nossa própria geração, ou estamos alheios a tudo isso? Nossas orações nos tem conduzido a que ações? Temos sido céticos ou omissos (ou ainda mais, defendemos o ‘deixa acontecer’)? Ou talvez a pergunta “E se...” está nos incomodando o suficiente para nos tirar do conforto e nos levar a um engajamento efetivo, concreto e consciente?
Para aqueles céticos que não acreditam que sua ação possa mudar alguma coisa, é bom lembrarmos a famosa frase da antropóloga Margaret Mead, que diz: “Nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos conscientes e comprometidos pode mudar o mundo; na verdade, é a única coisa que pode”.
E na ABU, que podemos fazer? Que espaços de conversa e de debate podemos ter para desenvolver estes e outros temas? Nos eventos locais e regionais que se aproximam, será que conseguimos reservar algum tempo para discutir como estão as nossas universidades, nosso país? Para um início de conversa, os textos de Diego Ferreira  e de Vinoth Ramachandra podem nos ajudar nessas provocações.
O chamado à oração é também um chamado a um profundo e consciente envolvimento, a participar, ser sal e luz, e assim também anunciar a chegada do Reino, celebrando que, mesmo que as coisas estejam catastróficas, Deus está restaurando sua criação, e nos chama para ser parte desta Sua missão.
Que o santo incômodo esteja sempre presente entre nós, e que este sentimento seja também uma forma de trazer à memória Aquele que espalhou incômodos entre os seus.
Extraido do blog da ABUB.

sábado, 12 de novembro de 2011


Ficar ou Namorar ? Prazer ou Status ?
Muitas vezes essas questões que o mundo nos coloca nos deixa sem saber
o
que fazer. Se não ficamos somos excluídos e a mesma coisa acontece se
você não busca prazer e nem status. Mas perante essa situação toda eu
tenho
uma coisa boa pra te dizer, olhos não viram, ouvidos não ouviram e
jamais entrou no coração do homem aquilo que Deus tem guardado para os
que esperam nele, um dia chegara a hora que você vai poder dizer a
pessoa amada “ Valeu apena te esperar

JESUS: Nome que define aquele que ao invés de te confortar falando mil palavras, te dá um abraço e te faz sentir a pessoa mais segura desse mundo.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

POUCOS ESTÃO PERCEBENDO...

O que poucos estão percebendo?

Os Sinais da Natureza

 

O rompimento da camada de ozônio causando câncer de pele; a elevação da  temperatura, o descongelamento dos pólos; inundações, tempestades e terremotos.

Estes sinais já haviam sido profetizados por Jesus há quase 2000 anos atrás

“E haverá sinais no sol e na lua, e nas estrelas; (...) então verão vir  o filho do homem numa nuvem com poder e grande glória. Lucas 21:25-27.”

Os Sinais dos Últimos Dias

 


“Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis; pois os homens serão egoístas, avarentos, arrogantes, desobedientes aos pais, irreverentes, cruéis, atrevidos, antes, amigos dos prazeres que amigo de Deus. II Timóteo 3:1-4.”

Perceba você também
OS Sinais do Amor  de Deus por você:

           
“Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atrai (...) Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, te ajudo e te sustento. Jeremias 31:3 e Isaias 41:10.”

Eis a promessa deste glorioso Salvador:
Ele cumpriu a promessa! Isso foi por você!


“Na verdade vos digo quem ouve a minha palavra, e crer naquele que me enviou, tem vida eterna, e não entrará em condenação mas passou da morte para a vida. João 5:24”

ATENDA AGORA MESMO O CONVITE DO SALVADOR.
Jesus em breve voltara. Você está preparado?

Vinde a mim todos os que estais cansados  e oprimidos e eu  vos aliviarei. Mateus 11:28.”   

"BUSCAI O SENHOR ENQUANTO  SE PODE ACHAR, INVOCA-O ENQUANTO ESTÁ PERTO.Is55:6."

O TIME DE ANTIOQUIA

Atos 15:36 – 16:10
Os critérios de escalação
Sempre que fazemos escolhas nos pautamos em alguns critérios. Talvez nossos parâmetros de escolha não sejam tão claros, mas ainda assim, os carregamos conosco como a tartaruga carrega seu próprio casco.
Pensemos, por exemplo, nos critérios para se escalar um time de futebol. Um bom técnico certamente levará em conta os seguintes critérios: as funções dos jogadores (atacante, volante, goleiro, lateral, etc.); o condicionamento físico dos jogadores (gordo? magro? veloz? lento?); a habilidade e talento individuais; capacidade de jogar em grupo; disciplina e submissão ao comando do técnico e capitão do time; etc. Se não for criterioso, o técnico poderá escalar para lateral um jogador sem velocidade ou montar um time forte no ataque e fraco demais na defesa. O bom time é o que consegue reunir as melhores qualidades de forma equilibrada.
A Bíblia, no livro de Atos, registra uma intensa desavença ocorrida entre os dois missionários e amigos Paulo e Barnabé. Tudo se deu pelos critérios diferentes que eles tinham para fazer a “escalação” de seu “time missionário”. Paulo queria montar um time forte cheio de “craques” experientes na fé. Barnabé, por ser mais visionário e pensar em longo prazo, queria investir nas “categorias de base” da missão. A tensão entre seus pontos de vista foi tão grande que eles acabaram montando cada um o seu próprio time missionário.
O pivô da briga entre os dois foi o jovem João Marcos. Ele era primo de Barnabé (Cl 4:10) e filho de Maria, uma senhora cristã fervorosa de Jerusalém, que costumava acolher em sua casa os cristãos para reuniões de oração (At 12:12). João Marcos havia acompanhado Paulo e Barnabé na primeira viagem missionária como auxiliar. É provável que Barnabé o tenha convidado a fim de treiná-lo na missão.
Entretanto, no meio da viagem, João Marcos decidiu voltar para Jerusalém. Isso aconteceu quando eles entraram na cidade de Perge (At 13:13). Não sabemos ao certo o motivo da desistência de João Marcos, mas podemos supor que ele regressou temendo as dificuldades da próxima etapa da viagem. Paulo e Barnabé foram expulsos de Antioquia da Pisídia (At 13:50) e fugiram de um apedrejamento em Icônio (At 14:5-6). Mesmo assim, em Listra, Paulo foi apedrejado violentamente até seus algozes acharem que ele estava morto (At 14:19). Enquanto isso, João Marcos estava confortável e em segurança na casa de sua mãe em Jerusalém. Essa sua fuga no momento em que mais precisavam do seu auxílio deixou Paulo muito decepcionado.
Por esse motivo, quando estavam se preparando para segunda viagem missionária, Paulo foi irredutível diante da proposta feita por Barnabé de levarem novamente João Marcos com eles (At 15:36-41). Não chegando a um acordo, Barnabé escolheu João Marcos e seguiu viagem para Chipre. Paulo, escolhendo Silas, partiu para Síria e Cilícia.
Silas, o escolhido de Paulo, era um líder notável entre os irmãos de Jerusalém (At 15:22). Além disso, era profeta e capacitado para encorajar e fortalecer as pessoas através de suas palavras. Certamente Silas era um habilidoso pregador do Evangelho. Depois de analizar todo esse currículo de Silas, Paulo prontamente o convidou para fazer parte do seu time missionário. Para ele, a entrada de Silas foi como se um time de segunda divisão conseguisse contratar um craque do melhor time da primeira divisão.
Ao partirem em viagem, Paulo e Silas se dirigiram primeiramente às cidades da Síria e da Cilícia. Nesta região se localizava a cidade de Tarso, terra natal de Paulo. Possivelmente, Barnabé havia ensinado a Paulo que o melhor lugar para se começar a fazer missão é em casa ou em ambientes que são familiares ao missionário. Isso é importante porque a missão genuína carece de relacionamentos próximos. As pessoas precisam ver o Evangelho encarnado na vida dos missionários e não apenas ouvi-lo sendo proclamado impessoalmente. Barnabé iniciou a primeira viagem missionária com Paulo e a segunda com João Marcos se dirigindo para Chipre, sua terra natal (At 4:36; 13:4; 15:39). Agora Paulo segue o exemplo de seu discipulador se dirigindo primeiramente a Tarso.
Escalando um craque de Listra
Saindo de Tarso, Paulo e Silas chegaram a Derbe e Listra. Nesta última cidade havia um discípulo chamado Timóteo que, provavelemente, se convertera ao cristianismo quando Paulo e Barnabé visitaram a cidade durante a primeira viagem. Naquela ocasião Paulo fora apedrejado pelos judeus de Antioquia e Icônio, que vieram a Listra para causar oposição à obra missionária.
Timóteo foi testemunha deste apedrejamento de Paulo (II Tm 3:10-11). Sua avó e mãe eram judias e o ensinaram desde pequeno a temer o Deus de Israel (II Tm 1:5 e 3:15). Seu pai, no entanto, era grego e não sabemos se em algum momento veio a se tornar cristão. Apesar de jovem, Timóteo tinha uma conduda cristã irrepreensível. Tanto os irmãos de Listra como os de Icônio (cidade vizinha) davam um bom testemunho a respeito dele e admiravam seu caráter. Depois de analizar o histórico de vida de Timóteo, Paulo também decide convocá-lo para fazer parte do seu time missionário. Afinal, o rapaz era novo, mas tinha muito potencial.
Timóteo aceita o convite para juntar-se aos missionários, mas Paulo impõe-lhe uma condição: Timóteo deveria ser circuncidado, pois todos os judeus daquela região sabiam que o pai dele era grego. Paulo, que já havia sofrido muito na mão daqueles judeus na primeira viagem, não queria “queimar seu filme” andando com um incircunciso e correr o risco de ser apedrejado mais uma vez.
O texto no diz que Paulo, Silas e Timóteo seguiram viagem. Por onde passavam transmitiam as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para que fossem obedecidas. Ironicamente, a última decisão tomada em Jerusalém dizia respeito a não necessidade da circuncisão para a salvação (At 15). Paulo, que acabara de circuncidar Timóteo por medo dos judeus, ignorara intencionalmente essa decisão por sua própria conveniência. Apesar das incoerências de Paulo, as igrejas por onde passavam eram fortalecidas na fé e experimentavam crescimento (At 16:5).

Missionários em impedimento

Para se fazer uma longa viagem é necessário que haja um planejamento cuidadoso do itinerário. Ainda assim, o planejamento estará sujeito a alterações devido a imprevistos. Com o time missionário de Paulo não foi diferente. Inicialmente seu plano era visitar todas as igrejas que ele e Barnabé haviam fundado na primeira viagem (At 15:36). No entanto, como vimos, depois do desentendimento entre eles, Paulo refez seu plano e seguiu para a Síria e Cilícia fortalecendo outras igrejas (At 15:41).
Após a breve permanência em Listra, Paulo e seus companheiros planejavam se dirigir para a província da Ásia. Essa era uma região muito importante do Império Romano com proeminentes cidades como Éfeso, Colossos e Mileto. Paulo entendia que seria muito estratégico para a difusão do Evangelho pregar naquela região. Mas somos informados que o Espírito Santo os impediu de pregarem a palavra ali.
O plano B deles, então, foi se dirigirem para o norte em direção à Bitínia. Mas o texto bíblico nos informa que novamente eles foram impedidos pelo Espírito de Jesus de entrarem naquela região para pregarem o Evangelho.
Diante desses dois impedimentos consecutivos é inevitável perguntar: Por que motivo o Espírito Santo impediria alguém de pregar o Evangelho? Não é exatamente o Espírito Santo quem capacita os missionários para serem testemunhas de Jesus (At 1:8)? Por que, então, Paulo e seus companheiros foram impedidos pelo Espírito de pregarem o Evangelho em regiões tão pagãs como a província da Ásia e a Bitínia?

A soberania de Deus: Pensando o campeonato inteiro!

Começamos esse texto falando sobre as escolhas humanas e afirmamos que todas as escolhas envolvem critérios, mesmo que implícitos. Diante disso temos analizado os critérios de Barnabé e Paulo para escolherem parceiros para seus times missionários. Nesse momento, é necessário tratar de um assunto de difícil compreensão: A ação soberana de Deus em concomitância com a “livre” escolha do homem. A mentalidade ocidental, por ser filha do iluminismo, tende a polarizar essas realidades fazendo com que uma exclua a outra. Esse modo cartesiano de enxergar esse tema tem feito ao longo dos séculos que teólogos das duas vertentes se posicionem ferozmente em lados opostos de um grande cabo-de-guerra.
Embora haja tanta controvérsia sobre isso, a Bíblia apresenta a soberania divina e a ação humana em perfeita harmonia. Um bom exemplo é a história de José: Ele foi vendido maldosamente por seus irmãos e foi parar no Egito (Gn 37). Todavia, José enxergou a ação soberana de Deus o enviando para lá (Gn 50:20). Quem, afinal, foi o responsável pelo envio de José ao Egito? Os irmãos de José ou Deus? A Bíblia nos responde que foram ambos, mas Deus o fez sem pecar enquanto os irmãos de José o fizeram pecando.
No caso de Paulo e seu time missionário vemos algo semelhante. Paulo foi movido por critérios errados em suas escolhas: impaciência e intolerância com Barnabé e João Marcos, egoísmo ministerial ao escolher Silas e Timóteo, desobediência às decisões dos apóstolos e presbíteros de Jerusalém e incoerência entre seu ensino sobre a circuncisão e a sua prática. Mas, como veremos mais adiante, Deus agiu soberana e impecavelmente através das escolhas de Paulo. Como nos diz Salomão: “Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos” (Pv 16:9).

Mais um reforço no time

Como não puderam ir nem para província da Ásia nem para Bitínia, Paulo e seus companheiros contornaram a região montanhosa da Mísia e chegaram à cidade litorânea de Trôade. Ali Paulo teve uma visão noturna de um homem macedônio pedindo ajuda. Assim, ele e seus companheiros decidiram partir imediatamente para a Macedônia por entenderem que Deus os estava chamando para pregarem o Evangelho naquela região.
Ao observarmos com cuidado a narrativa notamos um detalhe sutil que pode passar despercebido ao leitor mais desatento. No versículo 10 do capítulo 16 vemos que o autor do livro de Atos passa a escrever na primeira pessoa do plural (“nós”, “nos”). Sabendo que o autor desse livro é o médico Lucas, podemos concluir que ele foi incorporado ao time missionário de Paulo em Trôade, passando a acompanhá-los no restante da viagem. Lucas se encarregou de registrar as viagens de Paulo. No futuro, depois de escrever o seu Evangelho, Lucas produziria um segundo livro (Atos dos Apóstolos) com o objetivo de mostrar a expansão do Evangelho desde a capital do judaísmo (Jerusalém) até a capital do Império (Roma).

Conclusão/Aplicação

Ao lermos essa história sobre os critérios de Barnabé e Paulo para suas escolhas e sobre a soberania de Deus guiando ambos não podemos deixar de extrair algumas lições para nossa vida hoje.
Pensemos primeiramente nos nossos critérios para escolhermos amigos e pessoas com quem desejamos nos relacionar. Escolhemos amigos a partir do benefício que poderemos receber deles (como Paulo escolheu Silas e Timóteo) ou escolhemos para amigos pessoas frágeis e limitadas para que possamos servi-las e ajudá-las a amadurecer (como Barnabé escolheu João Marcos)? Andamos somente com os bons, ricos e famosos ou também com os de má fama, fracos e pobres?
Jesus andava com prostitutas, publicanos e pecadores. Além disso, escolheu para seus discípulos as pessoas mais improváveis. Barnabé encorajou e discipulou Paulo quando ninguém queria se aproximar dele (At 9). Depois treinou João Marcos de forma que ele veio a se tornar útil até para o próprio Paulo que o desprezara no início (II Tm 4:11). Barnabé imitou a Cristo em seus critérios para se associar a pessoas débeis. Por isso os apóstolos acrescentaram o apelido de “Barnabé” (que significa encorajador) ao seu nome José (At 4:36).
Barnabé foi um líder discreto, mas diferencial no início da igreja primitiva. Ele não escreveu nenhum livro, mas foi responsável indireto por 17 dos 27 livros do Novo Testamento: O Evangelho de Marcos (escrito por João Marcos, primo e discípulo de Barnabé); Os Evangelhos de Mateus e Lucas (que utilizaram os relatos do Evangelho de Marcos); As 13 cartas de Paulo (que foi discípulo de Barnabé); e Atos (escrito por Lucas, companheiro de Paulo).
Se quisermos ser fiéis a Jesus Cristo e cumprir nosso chamado para sermos testemunhas do Evangelho em nosso tempo, precisamos nos dispor a andar com pessoas que ninguém deseja andar. Se Jesus foi ao encontro dos excluídos, nós também precisamos fazê-lo. Do contrário, vivendo em nossos confortáveis e seguros guetos cristãos, continuaremos sendo semelhantes aos fariseus que Jesus tanto confrontou em sua época.
Uma segunda lição que podemos aprender com este relato bíblico é que Deus age soberanamente guiando seus servos apesar das escolhas e motivações destes. Salomão mais uma vez acertou quando disse que “Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem à resposta da língua” (Pv 16:1).
Por causa dos dois impedimentos do Espírito, Paulo e seus companheiros se dirigiram a Trôade. Lá, Lucas (possivelmente depois de se converter através da pregação de Paulo) é incorporado ao time missionário de Paulo e passa a acompanhá-lo no restante da viagem.
Lucas se encarrega de registrar cada etapa da viagem em um diário. Ao que parece, Lucas se tornou um fiel companheiro para Paulo e esteve com ele até a hora de sua morte (II Tm 4:11). Além disso, ouviu os relatos de Paulo, Silas e Timóteo sobre a conversão de Paulo, seu relacionamento com Barnabé, a primeira viagem, o desentendimento com Barnabé e o início da segunda viagem até chegarem a Trôade. Reunindo esses relatos e os registros de seu diário, Lucas futuramente escreveria o livro de Atos dos Apóstolos.
Vemos então que, ao impedir que Paulo e seus companheiros se dirigissem para a província da Ásia e para Bitínia, o Espírito Santo estava pensando em nós, cristãos do século XXI, que leríamos os relatos de Lucas em seu evangelho e no livro de Atos e seríamos edificados. Deus também tinha planos para as seguintes cidades da Macedônia e Acaia: Filipos, Tessalônica, Beréia, Atenas e Corinto. Fundar comunidades cristãs nestas cidades representou um passo significativo para a expansão do Reino. Além disso, essas igrejas seriam no futuro um suporte para o ministério de Paulo (Fp 4:14-18).
Nós somos muito pragmáticos e imediatistas. Agimos para o nosso próprio benefício e pensamos apenas no “aqui e agora”. Mas Deus não é assim. Ele dirige a História com maestria agindo no particular e no geral, no individual e no coletivo, no pessoal e no comunitário. Quando Deus pensa em nós, também pensa muito além de nós. Ele está escrevendo uma História de redenção cósmica e, graciosamente, insere as nossas histórias pessoais no tecido maior de sua grande História de amor pela criação.
O que podemos fazer diante da maravilhosa realidade da soberania de Deus? A melhor forma de reação que podemos ter é a adoração. A melhor resposta que podemos dar é o louvor e gratidão. Foi isso que o poeta e músico Stênio Március fez ao compor a música “Tapeceiro”. Nessa canção ele retrata a vida humana como obra de tapeçaria e Deus como o grande artista e tapeceiro que usa todas as cores para tecer nossa história dentro de sua Históra maior.
Que a percepção de que Deus dirige nossas vidas criativa e soberanamente, apesar de nossas escolhas e motivações, produza em nós gratidão, louvor e adoração. Que a doutrina da soberania de Deus não nos paralize, mas, ao contrário, nos motive a servir com mais dedicação e entusiasmo ao Senhor do Reino. Porque, como nos disse Paulo: “... dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém. (Rm 11:36).
Texto adquirido em:http://www.abub.org.br/compartilhe/informativos/blog-abub/2011/04/o-time-de-antioquia